Barbosa Cauhy foi uma figura de destaque no meio desportivo uberabense, reconhecido como um notável técnico de futebol, amante dos bons espetáculos esportivos.
Nascido em 12/12/1930, começou, ainda muito jovem a treinar equipes de futebol amador em Uberaba. Conhecido como “o técnico das doze bolas”, era um idealista, que se preocupava em ensinar o verdadeiro futebol. Parecia pouco preocupado em ganhar partidas. Com um blusão amarelo e a cabeleira sobre a nuca, time que estivesse sob seu comando tinha que jogar um futebol diferente.
O jeito revolucionário de enxergar o futebol, incompreendido pelos dirigentes da época, rendeu a Barbosa a indesejada alcunha de “Cigano do Futebol”, o que ele rejeitava veementemente. No início de sua aventura pelos campos uberabenses treinou o VR Futebol Clube, clube fundado por Torres Homem Rodrigues da Cunha e ainda, algumas equipes que disputavam a segunda divisão amadora de Uberaba. O moço ganhou expressão e treinou o Independente, o Uberaba e o Atlético da Abadia. Neste último, chegou a instalar uma espécie de “República do Futebol”, onde os jogadores se responsabilizavam pelo custo do material de treinamento e associavam-se nos eventuais lucros. No final de 1955, após uma de suas saídas do Atlético e mais uma tentativa frustada no Uberaba, que durou apenas um treino, revelou ao Jornal Correio Católico a vontade de se mudar para o Rio de Janeiro e cursar a Escola de Educação Física.
Certa vez, perguntado sobre a história das "doze bolas", respondeu com ironia:
Em abril de 1964 foi aprisionado pelo regime militar sob a acusação de subversivo. Faleceu em 29/09/1967, com apenas 37 anos.
O jeito revolucionário de enxergar o futebol, incompreendido pelos dirigentes da época, rendeu a Barbosa a indesejada alcunha de “Cigano do Futebol”, o que ele rejeitava veementemente. No início de sua aventura pelos campos uberabenses treinou o VR Futebol Clube, clube fundado por Torres Homem Rodrigues da Cunha e ainda, algumas equipes que disputavam a segunda divisão amadora de Uberaba. O moço ganhou expressão e treinou o Independente, o Uberaba e o Atlético da Abadia. Neste último, chegou a instalar uma espécie de “República do Futebol”, onde os jogadores se responsabilizavam pelo custo do material de treinamento e associavam-se nos eventuais lucros. No final de 1955, após uma de suas saídas do Atlético e mais uma tentativa frustada no Uberaba, que durou apenas um treino, revelou ao Jornal Correio Católico a vontade de se mudar para o Rio de Janeiro e cursar a Escola de Educação Física.
Certa vez, perguntado sobre a história das "doze bolas", respondeu com ironia:
"Isso é história mesmo. Não passa de onda. Eu gosto mesmo é de...22 bolas para os treinos".Barbosa tinha a profissão de açougueiro. Fã do livro "Capitães de Areia" de Jorge Amado e do filme "De amor também se morre", o excêntrico treinador apontava Zizinho como o maior jogador brasileiro e Flávio Costa, técnico da Seleção Brasileira derrotada pelo Uruguai em 1950, como o melhor treinador do Brasil.
Em abril de 1964 foi aprisionado pelo regime militar sob a acusação de subversivo. Faleceu em 29/09/1967, com apenas 37 anos.
Hoje dá nome a uma rua no bairro Manoel Mendes, em Uberaba.
"O jogador é obrigado a dominar a bola como um pintor domina o pincel" Barbosa Cauhy
Um comentário:
Muito obrigado pela homenagem ao meu pai, um homem que vivia além de seu tempo, que amava o futebol, o trabalho e a política como ferramentas de transformação do ser humano. Hoje vemos o Uberaba na terceira divisão, ele já foi comandante do Uberaba, transferiu o campo do Atlético da Abadia da Campo Sales para onde é hoje e lá revelou vários craques, entre eles Jardel o Cavaleiro Negro, ex goleiro do América Mineiro. Grande abraço José Cauhy
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